terça-feira, 25 de setembro de 2007

SINOPSE




Todos os que atravessam a crise dos 40 sabem que os homens ficam inseguros, indecisos e frágeis. À media que o tempo passa, assusta-os viver sózinhos, chegar a casa sózinhos depois de grandes noitadas, que por vezes não se revelam assim tão animadas.

No inconsciente ficam a pensar que a sua maturidade é uma poderosa arma para atrair as mulheres de 30 anos ou mais novas.

Joaquim Fonseca, o protagonista, de 42 anos, é guionista de televisão. Vítima de um trabalho instável e em plena crise dos 40 é abandonado pela mulher. “Estás gordo e careca”, foram os argumentos apresentados pela mesma ao saír de casa.

Até aqui a família vivia numa ampla casa , mesmo no centro da cidade, mas ao deixar Quim, a mulher aguarda a venda do imóvel para poder receber metade do valor.
Isto provoca-lhe uma enorme angústia porque, entre outras coisas, significa a perda definitiva de Isabel, com a qual ele sonha ainda viver por insegurança, dependência e até comodismo.

Forçado e pressionado pela sua mulher a vender a casa, tenta por todos os meios que ela não se concretize, utilizando argumentos para a desencorajar, como: a casa está em mau estado, canalizações e instalações eléctricas estão velhas, não é um negócio rentável...

Mas a sua personalidade frágil, insegura, indecisa e sem vontade leva-o a assinar documentos de promessa de compra e venda com Xavier, Manuel e António.
Estes três homens são personagens muito diferentes, com traços em comum, como os quarenta anos e facto de também eles terem sido abandonados pelas mulheres.

Os seus aparecimentos em cena, vão dando lugar a uma série de conflitos em cadeia, revelando como os tipos de quarenta pensam e vêem as mulheres.

Esta comédia com um final verdadeiramente surpreendente, remete-nos para uma reflexão sobre a solidão a que estes homens são atirados.

A PEÇA

“La Curva De La Felicidad”, o título original de A Crise dos 40, de de Eduardo Galán e Pedro Gómez. É uma comédia sobre a crise masculina dos 40 anos! As inseguranças, os medos, os conflitos que marcam a fronteira dos 40 são abordados nesta peça, numa perspectiva cómica, suscitando uma profunda ternura nos espectadores.

É um espectáculo que já esteve em digressão por toda a Espanha, tendo estreado agora com sucesso em Madrid.

A distinção é grande, dado que poucas são as peças que depois da digressão vão para a capital, a acrescentar ainda que se integra no Programa de Comemorações dos 125 anos do prestigiado Teatro Lara.

AUTORES

Eduardo Galán
Professor, autor e encenador. Já publicou vários estudos literários e editou críticas sobre a literatura espanhola. Foi subdirector do Teatro do INAEM. As sua obras já foram traduzidas e representadas para os Estados Unidos, Grécia e Portugal.
Como autor teatral já ganhou o prémio Calderón de la Barca, pela obra “La sombra del poder”; o prémio Lazarillo de Tormes de Teatro, pela “La silla voladora”, o prémio Enrique LLovet, pela “La amiga del Rey” e o prémio Nacional de Teatro Infantil y Juvenil de AETIJ. Entre as obras mais representadas destacam-se, entre outras, “Esperando a Diana”, “Tres hombres y un destino”, “Memoria y olvido”, “Mujeres frente al espejo”. Realizou ainda várias adaptações, nomeadamente a versão espanhola do musical “El fantasma de la ópera”, a comédia “Defendiendo al cavernícola”, “La dama duende”, incluindo adaptações de contos clássicos para crianças como “La Cenicienta”.
Pedro Gómez
Guionista em diversas séries televisivas, como Vecinos, Contigo pan y cebolla, Al salir de clase, Tío Willy, Un hombre solo, Calle nueva, Paraíso, Abogados, 20tantos, Paco y Veva, Capital y A tortas con la vida. Ganhou por duas vezes o Prémio Buñuel do melhor guião adaptado e foi finalista para o prémio Madrid Nuevos Guionostas.
Publicou os guiões do Prémio Buñel, assim como “Los Representantes” (teatro), “Madrid y Los arcanos del mal” (novela), “La curva de la felecidad” e também diversos artigos sobre cinema e televisão nas revistas Icono 14, Comunicación y Hombre.
É também professor de narrativa e história geral da imagem na universidade Francisco de Vitoria, de Madrid.

1 comentário:

Anónimo disse...

Hilariante. Óptima peça, actores fantásticos. A não perder.